Aproveite as 4 estações do ano no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, é a cidade brasileira mais visitada por turistas. Conhecida como Cidade Maravilhosa, possui belezas culturais e naturais distribuídas em paisagens muito diversas que compõem vários dos cartões postais mais famosos da América Latina e do mundo. Os passeios são bem variados: uma visita aos pontos turísticos como Pão de Açúcar ou um voo de asa-delta na Pedra Bonita além de parques, reservas, praias (desertas ou não), locais históricos e galerias de arte. Mas alguns dos trajetos são melhores para visitação em estações do ano específicas.

No Rio as estações do ano são bem definidas, ao contrário de regiões do Brasil como norte e nordeste. Apesar de não serem rigorosas e às vezes se misturarem, dá para curtir o melhor de cada estação uma como o sol generoso no verão, as temperaturas amenas do outono e da primavera (com direito a queda e florescimento da vegetação) e o charme do inverno.

Quanto as praias, as condições do mar também variam de acordo com estações do ano. Mas um mergulho é quase sempre uma boa pedida, até em alguns dias do inverno! Saiba mais sobre as praia mais bonitas e seguras do Rio nesse link de um post que já escrevi sobre o tema:. Já adianto que a Praia Vermelha, Urca, do Leme e do Leblon são ótimas opções.

Nesse post, vou dar algumas dicas de passeios perfeitos para cada uma das estações para aproveitar o máximo possível dos lugares e paisagens sem que o clima atrapalhe (mas que ajude) na programação! Não importa a estação, nunca se esqueça do protetor solar e do repelente nas região de mata como em trilhas.

Na primavera, não há nada melhor do que um passeio tranquilo a um local que una artes e uma área verde. Com uma das maiores coleções do mundo de plantas tropicais e semi tropicais em período de floração, o Sítio Roberto Burle Marx (doado ao IPHAN)– em Barra de Guaratiba tem essa mistura, com esculturas no contorno da casa do paisagista Burle Marx. As coleções botânicas, artísticas e arquitetônicas, fez com que o sítio tenha sido tombado como patrimônio cultural brasileiro em 1985, possuindo a opção de uma visita guiada de 90 minutos. O acervo artístico e cultural possui mais de 3.000 itens, incluindo obras de arte produzidas por ninguém menos do que Roberto Burle Marx. La são também realizadas atividades como concertos, cursos e exposições. A entrada custa R$ 8,00 para adultos e gratuita para crianças de até 5 anos acompanhadas. O horário de visitação é de 3a a Sábado das 9h30 as 13h30. As visitas devem ser agendadas pelo tel. 2410-1412.

O endereço? Estrada Roberto Burle Marx, 2019 – Barra de Guaratiba – Rio de Janeiro. Caso deseje ir de transporte público, deve-se iniciar a viagem com um ônibus para a Barra da Tijuca que vá até o terminal Alvorada ou para o Recreio dos Bandeirantes. Em seguida, utilizar a Transoeste, descendo na estação BRT de Ilha de Guaratiba e prosseguir com a linha 874 ( ônibus de integração do sistema BRT) ou com a linha 867 (Campo Grande – Barra de Guaratiba).

Outro passeio ideal de primavera é a visitação do Bairro da Urca, fresquinho, calmo e silencioso, com um vento agradável por todo o ano e com magníficas paisagens naturais. Ao chegar no bairro, normalmente, eu sigo para a visitação da Praia Vermelha, praia reservada com alguns quiosques, ideal para uma cerveja no fim da tarde, localizado no final da Av. Pasteur, um pouco antes de entrar para o bairro propriamente dito. Encarando a praia vermelha, no lado esquerdo, há a entrada para a Pista Cláudio Coutinho, uma pequena trilha que nos dá acesso a paisagens lindíssimas do mar da área. Mas cuidado, a trilha fica aberta apenas até as 17h.

Olhando para a praia vermelha, no lado direito estará o Pão de Açúcar. Embora ponto turístico já muito conhecido, um dos morros que faz parte – O Morro da Urca – possui uma vista lindíssima, e o pôr do sol apaixonante. Com vista para a Baía de Guanabara, o Cristo Redentor, a Marina da Glória e a Enseada de Botafogo, suba o Morro para essa visão de um pôr do sol sem igual – usando o primeiro lance de teleférico ou se for mais aventureiro, subindo a trilha de 40 minutos a partir da Pista Cláudio Coutinho.

Esticando um pouco, a Mureta da Urca tem um visual arrasador, com barquinhos dispostos ao longo da baía, e uma iluminação dos holofotes na água que vale a pena uma espiada. Seguindo ao longo da costa, será possível ouvir o conforto da água do mar batendo sobre as pedras com seu ventinho no rosto. Há 2 bares famosos – O Urca Grill, mais no comecinho, próximo ao Iate Clube, o Bar Urca, mais próximo ao Forte da Urca e o bar.

A Praia da Reserva faz parte da reserva ecológica de Marapendi: 18 km divididos em 4 praias. Com 8 km de extensão, a Praia da reserva é calma e reservada, perfeita para momentos de solitude e relaxamento e para aproveitar a família. A água é extremamente limpa, e é considerada uma das praias com as melhores ondas da cidade, com um pôr do sol paradisíaco. O bar do pesqueiro (Endereço: Ilha 25, Praia da Reserva – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro) é famoso e confortável com serviço de mesa, estacionamento na rua, vinho, cerveja e música ao vivo, dependendo do dia. Inacessível apenas com transporte público, a localização da Praia da Reserva é Av. Lúcio Costa (entre os números 9550 e 16770) – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro.

Se você procura um programa diferente para um dia de verão dentro da capital, porque não pensar na Ilha da Gigoia? Uma ilhota localizada na Barra da Tijuca, é retiro de boas energias que te fará esquecer que está na capital fluminense. Dá pra conhecer a ilha em meia hora mas há uma enorme quantidade de detalhes charmosos para prestar atenção enquanto se passeia. Uma cerveja gelada e uma pizza são ótimas pedidas para um encontro na área. A ilha conta com uma variedade de bares como o Bar do Cícero e o Bar Caiçara cuja placa de entrada diz “Só é permitida a entrada de boas energias”.

A partir da Barra da Tijuca, para chegar na ilha, é só ir até a estação Jardim Oceânico. A ilha fica atrás dos prédios Barra Point e Unimed Rio. O acesso à ilha é apenas por balsas, não havendo veículos motorizados circulando livremente pela região.

Em um bairro super acessível na Zona Sul carioca, nada melhor para curtir um domingo de verão do que música ao vivo, cervejas e pães artesanais, roupas descoladas e música ao vivo. A Feira livre e cultural no bairro da Glória oferece tudo isso, além de opções de comidas feitas na hora e frutas, flores e vegetais frescos para fazer as compras da semana. Na parte do início da feira, bem próximo a uma banda que toca chorinho, samba ou MPB, há uma barraca de peixe frito super crocante. Um pouco mais a frente,um food truck de comida japonesa que conta com opções vegetarianas e sazonalmente, lagostim e casquinha de siri. Tudo isso envolto pelo charme da Glória, caso deseje uma caminhada ao ar livre ou sentar e relaxar na sombra durante a digestão acompanhado de esculturas baseadas na arte francesa, a Feira da Glória fica ao lado da Praça Paris.

A feira acontece apenas aos Domingos na extensão da Rua Augusto Severo, das 7h até as 14h se esticando um pouco (com menos opções) até as 16 h.

Conhecida como a praia mais limpa da Zona Sul, a Praia do Leme é mais sossegada do que as praias de Ipanema e Copacabana. No verão ensolarado carioca, a praia é relativamente fresca e tem vários quiosques com música ao vivo, comidinhas e cerveja por um preço bem acessível. Subindo em direção a Pedra do Leme, seguindo pela costa, há um pequena mureta com a estátua de Clarice Lispector nela sentada. A vista de lá é espetacular com acesso a toda a orla de Copacabana e Leme. Seguindo em frente há um caminhozinho em que se concentram pescadores a qualquer época do ano que nos permite olhar o mar e a arrebentação bem de pertinho.

Outra opção na área é o Forte do Leme – chamado de Forte Duque de Caxias –, passível de visitação, contendo uma caminhada ecológica até o alto do Morro do Leme. O forte do Leme é um sítio histórico no topo do Morro do Leme, antigamente usado como fortaleza com vista para o Morro Dois Irmãos. É situado na Praça Almirante Júlio de Noronha, Leme.

O período mais fresco torna mais agradável caminhar pelas trilhas da cidade. Com roupas adequadas, o Horto é um bairro da Zona Sul com matas, cachoeiras, bares, eventos de samba e arquitetura. Na Rua Pacheco Leão, existem vários bares e restaurantes repletos de comidas variadas: basta escolher o que mais se adapta à sua vontade do momento (Japonesa, Cozinha Contemporânea ou Bar Típico com Petiscos Brasileiros). Caminhando

pelo bairro, você vai encontrar uma arquitetura que contém grandes prédios de vilas e palácios tombados, afinal o bairro já teve engenhos de açúcar, moinhos de café e fábricas!

Do lado do Jardim Botânico, parte da Floresta da Tijuca, há no Horto uma trilha com circuito de cachoeiras que começa pouco antes da Vista China, ponto estratégico de arquitetura diferenciada para se ter uma outra perspectiva da cidade. Alcançar a vista chinesa depende de uma subida de 4,5 km, que pode ser percorrida de carro. Em cachoeiras como a da Quebra - mais cheia e voltada para a estrada - a ducha, os Primatas entram no circuito.

A melhor forma de chegar ao Horto é utilizando o transporte público que passa pelo Jardim Botânico e saindo na estação mais próxima da Rua Pacheco Leão e subindo o resto da rua em transporte particular, de bicicleta ou a pé.

No canto esquerdo, entre a praia de Ipanema e Copacabana, existe uma das pedras mais famosas do Rio de Janeiro – o Arpoador. Localizada entre duas praias da região – Praia do Diabo e Praia do Arpoador – a Pedra do Arpoador possui um caminho bonito e arborizado para apreciar a frescura do outono do Rio. O pôr do sol lá é muito aclamado, o sol desce lentamente até atrás dos irmãos Hill. À medida que o sol se põe, podemos ver as pequenas luzes acesas ao longe no Vidigal. Subir na rocha e observar esse espetáculo é sem dúvida um dos passeios que valem a pena no Rio de Janeiro. A maneira mais fácil de chegar ao Arpoador é de metrô até a Estação General Osório, depois para a praia de Ipanema e caminhar à esquerda até o final da estrada, quase de frente para a Pedra.

Com a temperatura mais amena, o outono é sem dúvida uma das melhores estações para visitar o espaço, com céu quase aberto. Possui o zoológico do Rio de Janeiro, recentemente revitalizado, além de restaurantes clássicos e, atualmente, as ruínas do Museu Nacional, criado por D. João VI, em 1818. O espaço hoje possui diversas atividades ao ar livre de natureza popular. científico para todas as idades! Além disso, na Quinta da Boa vista, há o Cascara da Quinta e o templo de Apolo, um belo monumento inaugurado em 1910 para a realização de concertos musicais, mas hoje serve de palco para situações culturais, principalmente nos finais de semana.

A Quinta da Boa Vista está localizada no Distrito Imperial de São Cristóvão, na Zona Norte Carioca e é de fácil acesso: basta descer do metrô ou trem na estação de mesmo nome e sair do lado oposto ao Maracanã. E pronto. Quando você sai da estação, já está de frente para a planície verde da entrada do parque

O Mercado Municipal do Rio de Janeiro, conhecido como CADEG é um passeio perfeito para o inverno no Rio de Janeiro. O período, fresco e seco, permite aproveitar muito bem a vista da enorme diversidade de flores e plantas expostas à venda. Também é uma ótima oportunidade para comprar frutas, legumes e verduras em grandes quantidades. Lá também há uma lojinha de produtos orientais com itens frescos e importados além de lojas de bebidas alcoólicas com ótimos preços e descontos para grandes quantidades, vendendo vinhos, absintos, vodkas, whiskys nacionais e importados (e muito mais!) Também é um ótimo lugar para almoçar, pois estão presentes na CADEG alguns restaurantes de comida brasileira e portuguesa. Dentre os portugueses, são conhecidos por ter o melhor bolinho de bacalhau da cidade e, ainda, dependendo do dia, com apresentação de música portuguesa ao vivo! Mas atenção, lah quase tudo fecha muito cedo, então é necessário uma organização para chegar antes da hora do almoço e aproveitar tudo!

Endereço: Rua Capitão Félix, 110 – Benfica, Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro 20920-970, Brasil

Paquetá é uma ilha que faz parte de um arquipélago que é também um bairro carioca de mesmo nome. A ilha de Paquetá é pequena e tranquila e fica na Baía de Guanabara e é desprovida de trânsito, sendo as bicicletas o principal meio de transporte do local. Devido ao pequeno tamanho da ilha, é fácil visitar todos os principais passeios da área em uma viagem só. Há diversas praias calmas, belezas naturais e clássicas construções arquitetônicas do século XVI além de monumentos como Caramanchão dos Tamoios e Canhão da Saudação a D. João VI. Há também uma Igreja que pode ser avistada da barca chegando na ilha chamada Senhor Bom Jesus do Monte que pode ainda ser visitada das 7h às 17h e um Baobá de 6 metros de circunferência tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural chamado Maria Gorda, curioso por estar em uma ilha tão pequena. Além disso há outras belezas naturais como a Pedra da moreninha – mirante natural entre as Praias do Coqueiro e da Moreninha – que nos dá acesso a uma vista privilegiada da Baía da Guanabara.

Para chegar na ilha, pegue primeiro um transporte até a Praça XV no centro do Rio de Janeiro. De lá, saem embarcações para paquetá cujos bilhetes tem o valor de R$ 6,10 (ou R$ 5,15 com o bilhete único) com duração de 70 minutos. As balsas são ainda climatizadas e com banheiros, o que torna Paquetá um passeio perfeito para toda a família em um final de semana de clima ameno.

A Pedra do Sal é um monumento histórico e religioso, patrimônio da cultura africana na cidade do Rio de Janeiro. Localizado no bairro da Saúde, no Morro da Conceição, especificamente no Largo João da Baiana, o local é uma pedra ladeada por uma escadaria talhada que funciona como uma arquibancada para ouvir a música enquanto se conversa e abre uma latinha – garantido pelo alto número de ambulantes da região. Há na rua que ali desemboca uma sequência de estabelecimentos animados e coloridos.

A Pedra do Sal foi tombada como Patrimônio Histórico em 1984 e é hoje compreendido como uma das melhores e mais tradicionais rodas de samba da cidade. As segundas feiras, rola o mais clássico evento no local – uma roda de samba proporcionada há 8 anos por um grupo de 7 músicos. Além dela, há outros eventos como um baile de black music gratuito no segundo sábado do mês. Os eventos costumam iniciar a partir das 19h, de 2a a 6a feira com o fervo entre as 21h e 22h. O modo mais fácil de chegar é a pegando um transporte público até a altura da Uruguaiana e ir andando dali. A Pedra do Sal está localizada na Rua Argemiro Bulcão, s/n.

Além dessas atrações que apresentei, o Rio de Janeiro é enorme e riquíssimo em mais atrações culturais distribuídos por todos os bairros e estações do ano. O Centro Cultural Banco do Brasil e dos Correios, por exemplo, sempre contam com mostras gratuitas de cinema. Casas de Show famosas temos Fundição Progresso e Circo Voador na Lapa além do Vivo Rio no Parque do Flamengo e o KM de Vantagens Hall na Barra da Tijuca. Pergunte ao concierge sobre os shows, teatros, exposições sazonais e eventos culturais da semana! E bom passeio!

Está pronto para conhecer o melhor de cada estação na Cidade Maravilhosa. Quer saber ainda mais sobre o Rio? CLIQUE AQUI e baixe o e-book Trip Tips que tenho ainda mais dicas pra você.

Um abraço do Alex!